segunda-feira, 28 de junho de 2010

Jogo de cintura

A boa noite bate as badaladas do relógio.
As mãos, que outrora levantavam juntas o grito verde e amarelo, agora voltam absurdas para seus braços, corpos e casas. O sentimento e a garganta são os olhos da nação. Do espelho. Da cama. Se a vitória vem com a noite e a veste das três letras positivas, dignas da saudação convencional, então o espelho é bom e a cama também. A gente quer descansar os olhos no ombro da pátria. A gente quer saber do samba de agora. O mesmo relógio marca a mesma hora todos os dias. Da copa da árvore, a sombra para descansar. Da bola, o jogo de cintura. Do campo, a maior de todas as batalhas. O juiz apita toda a consciência. Pegamos nossas mãos, as mesmas que tocaram a taça, fechamos o punho, calçamos a luva, e praticamos o esporte do lado de cá do espelho, a luta essencial da qual somos craques e nem sequer percebemos: a vida.
Para todos aqueles que sonham em vencer o mundo. E para mim, que almejo alcançar a próxima hora, uma boa noite. E que as três letras que, agora qualificam a escrita, hoje, ganhem outro sinônimo - gol.

2 comentários:

  1. Como já havia dito, AMEIIIII o "Jogo de Cintura".
    Vamos enviá-lo para a Globo.
    Bjs
    Mônica

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  2. nossa, também amei! ficou lindooo
    vamos mandar para a ANA MARIA BRAGAA

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