domingo, 5 de dezembro de 2010

Domingo

Domingo é o primeiro dia da solidão.

Vem como um soco que prenuncia.

Vem como um sábio espertalhão.

O primeiro da fila, a véspera do passo,

o abismo no estômago.

Há quem apenas descanse, não posso duvidar.

Há quem nada sinta de angústia,

de medo, de novo.

Pode ser um lapso de esperança.

Pode ser criança, sintoma de excitação.

Mas há de ser sempre incógnita.

Há de ser sempre o antes, o último.

É o velho e o novo de mãos dadas,

de mansinho, de cara pro tapa.

Dominado em 24 horas,

preso na casa dos ponteiros,

A suspensão se dá –

e de fato demora –

o dia inteiro.

2 comentários:

  1. Muito interessante,gostei muito!
    Tem muito sentido o conteúdo de suas
    palavras.
    Um grande beijo querida,saudades
    Tia Pilor

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  2. hahaha

    As 24 horas de um domingo podem ser demoraaaaadas ou passar num piscar de olhos, dependendo da chatice e/ou do stress que te espera no dia seguinte!

    Bejo!

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