quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Cordas
"Hoje não há teoria das cordas
que possa segurar
o cheiro do vinho
e o sono leve das pedras
boiando no ar."
Fragmento do poema 'Leve' do Edu. É apenas uma singela homenagem. Estrofe imagética muito bonita. Para ler o poema todo visite meiolirico.blogspot.com
Foto do Leonardo Spanghero.
Do caos à rosa
Os cacos de vidro nos olhos embaçam o tempo.
Pedregulhos no ventre, areia na boca.
As mãos são papéis e cortam a noite em mil estrelas.
A cadência do acaso joga cartas.
Blefa por um instante a respiração.
Cessa o mundo todo em um colapso infantil.
A tesoura é ouro de pirata.
A imagem é pele primordial.
É pedra esculpida, prego, pétala, paciência.
E brota redonda como a vida a flor ocasional.
Poema dedicado à minha grande amiga e verdadeira irmã de alma Suzana Chermont Ulson.
A arte é toda dela. Menina arteira, eu te amo!
Rafa.
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