quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Do caos à rosa















Os cacos de vidro nos olhos embaçam o tempo.

Pedregulhos no ventre, areia na boca.

As mãos são papéis e cortam a noite em mil estrelas.

A cadência do acaso joga cartas.

Blefa por um instante a respiração.

Cessa o mundo todo em um colapso infantil.

A tesoura é ouro de pirata.

A imagem é pele primordial.

É pedra esculpida, prego, pétala, paciência.

E brota redonda como a vida a flor ocasional.



Poema dedicado à minha grande amiga e verdadeira irmã de alma Suzana Chermont Ulson.

A arte é toda dela. Menina arteira, eu te amo!

Rafa.

Um comentário:

  1. Acho bonito quando alguém tem esse dom, de transformar aquilo que sente em coisas tangíveis: um quadro, uma foto, um filme, um poema, uma música.

    Gostaria de ter uma cerveja, brindaria os artistas agora!

    Bejo!

    ResponderExcluir