quarta-feira, 28 de julho de 2010

O Jardineiro

















Da palavra, na boca, o traço.
No corpo, no papel, na planta.
A curva dos dedos, a força nos dedos,
a tesoura que esculpe.
Podar não é podido.
Cortar tão pouco.
No galho não existe incapacidade.
Na palavra existe poesia.
Trajetos encurtados desandam tropeços.
Nos tropeços existe poesia.
Topar com o pé na pedra pode ser bonito.
Polir a pedra com o traço,
escrever semente de árvore,
cultivar palavra com as mãos,
faz florescer ávida a vida.

Imagem retirada do site http://www.estuario.com.br/
Texto: Rafa.

Um comentário:

  1. É! Poesia sempre me remeteu a esculturas e a bonsais, mais bonsais que esculturas. Cultivando delicadamente informações em versos e detalhes que fazem toda a diferença na vida.

    Mto bom!

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